quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A MÃO ARTIFICIAL PERFEITA

Um projeto inovador traz esperança para a reabilitação de

pessoas que tiveram um membro amputado. Cientistas europeus e

israelenses anunciaram a criação de uma mão artificial capaz de

executar os mesmos movimentos de uma mão verdadeira, como

segurar e sentir a textura dos objetos e fazer gestos mais delicado

- mexer os dedos, por exemplo. Chamada de Smarthand (mão

inteligente, em português), a prótese é resultado da combinação

entre pesquisas de ponta feitas com biomaterias, tecnologia da

informação e os avanços da neurociência. Seu funcionamento se

baseia na informação de que pessoas que tiveram membros

amputados geralmente mantêm intacto o circuito nervoso responsável pela transmissão dos sinais

do cérebro à região atingida. O que os cientistas fizeram foi aproveitar esse caminho para ligar a

prótese ao cérebro. Por isso, as ordens enviadas chegam a ela da mesma maneira como chegariam

à mão.

Por enquanto, o protótipo foi testado em apenas uma pessoa, mas os resultados

impressionaram. "O paciente pode sentir sensações muito parecidas com as experimentadas por

mãos verdadeiras", afirma o pesquisador Fredrik Sebelius, da Universidade de Lund, na Suécia,

instituição envolvida na criação da novidade. "Até agora, nenhuma outra prótese havia conseguido

fazer isso com tanta eficiência." A meta agora é ampliar o número de pessoas que participarão dos

testes. Os cientistas também querem aperfeiçoar o sistema de feedback sensorial da mão robótica.

Uma das ideias é usar recursos da nanotecnologia para melhorar ainda mais essa capacidade.

De acordo com o pesquisador Sebelius, a prótese poderá estar disponível em dois anos. Porém, a

tecnologia só é adequada para amputações abaixo do cotovelo. "Pessoas que amputaram os braços

não têm músculos suficientes para a colocação da prótese", explica.

Fonte: Revista IstoÉ

Data da reportagem: 24/11/09
 
Perdigão - MBA Gestão Pessoas - Faculdade 2 Julho

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O poder maligno do colesterol

A medicina descobre que o vilão do coração também aumenta o risco para doenças como

Alzheimer, câncer de próstata e infecções bucais. Mas já encontra novas maneiras para enfrentá-lo.

Neste momento, cientistas de todo o mundo estão empenhados em uma potente contra-ofensiva ao

colesterol, a conhecida gordura que, em desequilíbrio, é um dos principais inimigos do coração. Há

esforços para controlar não apenas sua fração ruim, o LDL, responsável pelo entupimento das artérias.

Muito está se descobrindo também para elevar a parte boa, o HDL, cuja função é tirar de dentro das

células a gordura depositada. Esses avanços serão apresentados no congresso da Associação Americana

de Cardiologia (a sigla em inglês é AHA), que reunirá nesta semana milhares de médicos em Orlando,

nos Estados unidos.

A concentração de forças contra o colesterol se torna mais urgente por causa das descobertas

recentes sobre os prejuízos que o composto apresenta em outras partes do corpo, além do coração. Os

trabalhos têm mostrado a existência de conexões entre o colesterol e o surgimento ou evolução da

demência senil, mal de Alzheimer, câncer, artrite reumatoide e problemas na mucosa bucal. Trata-se de

uma questão nova, excitante e complexa para a medicina.

Boa parte dos estudos do gênero se dedica a investigar a relação com o funcionamento do cérebro.

uma pesquisa publicada no jornal da AHA, por exemplo, identificou ligações entre os baixos níveis do

HDL na meia-idade e a perda da memória. A conclusão foi tirada a partir da avaliação de 3,6 mil pessoas

com 55 e 61 anos. Entre o primeiro grupo, as que tinham baixo HDL estavam 27% mais vulneráveis ao

problema do que quem tinha níveis adequados. Para os indivíduos com 61 anos, o risco foi de 53%.

Atualmente, a medicina define que o HDL deve estar acima de 50 mg/dl (miligramas por decilitro de

sangue) para mulheres e 40 mg/dl para homens. Para os diabéticos, a recomendação é de 50 mg/dl.

No ano passado, os resultados de um estudo que durou 30 anos começaram a delinear também as

relações entre o excesso do colesterol total (a soma das suas frações, boa e má) e as chances de ter mal de

Alzheimer, doença degenerativa caracterizada pela perda de memória e demência. Por nove anos, de

1964 a 1973, os pesquisadores acompanharam 9,7 mil pessoas com idades entre 40 e 45 anos. Depois,

entre 1994 e 2007, o grupo foi novamente examinado. "Aqueles com colesterol entre 249 mg/dl e 500

mg/dl tiveram uma vez e meia mais chances de desenvolver Alzheimer do que os que mantiveram níveis

abaixo de 198 mg/dl", disse à ISTOÉ Alina Solomon, que liderou o trabalho. Mais informações

fortalecem esse raciocínio. Divulgada em março, uma pesquisa da universidade Colúmbia (EuA)

constatou um declínio mais rápido do raciocínio em pessoas com histórico de diabetes e colesterol alto.

Uma das hipóteses para resultados como esses é a de que o colesterol provocaria no cérebro danos

semelhantes aos causados no coração. "O alto nível de gorduras no sangue pode acarretar o depósito

dessas substâncias e o estreitamento dos vasos sanguíneos", explica o cardiologista Marcelo Bertolami,

diretor do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo. Por isso, o órgão afetado pode deixar de receber

sangue suficiente para oxigenar os seus tecidos."

Nos EuA, um experimento da Clínica Mayo apontou outra implicação: pessoas que apresentaram

artrite reumatoide, uma doença inflamatória crônica, manifestaram níveis totais de colesterol muito

baixos nos cinco anos que precederam o aparecimento do problema. Agora, procura-se decifrar o

significado dessa ocorrência.

No campus da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, uma investigação feita com ratos

nos laboratórios da Faculdade de Odontologia constatou que o colesterol elevado prejudica a mucosa

bucal. "A cicatrização é mais difícil, o que facilita a formação de lesões que podem ser a porta de entrada

para infecções", diz Gilberto Silva, autor do trabalho. "Essa relação é tão intrigante que iniciaremos um

estudo para investigar possíveis implicações no câncer bucal", diz Marilena Komesu, orientadora da

pesquisa.

A relação entre o colesterol e os tumores de fato tem instigado os cientistas. Eles querem saber

quando e como ela se dá. Por enquanto, há indicações da influência em alguns tipos. um trabalho avaliou

5.586 homens com mais de 55 anos, sendo que 1.251 tinham câncer de próstata. "Homens com colesterol

total abaixo de 200 mg/dl tiveram 59% menos risco de apresentar tumores mais agressivos de próstata",

disse à ISTOÉ Elizabeth Platz, coordenadora do estudo e codiretora do Johns Hopkins Kimmel Cancer

Center. "Agora temos mais evidências de que entre os benefícios do baixo colesterol está a redução do

risco de tumores de próstata mais fatais."

Divulgado esta semana no jornal "Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention", outro estudo

assinalou o papel benéfico do HDL. O acompanhamento de 29 mil homens fumantes durante 18 anos

pelo National Cancer Institute dos Eua gerou o dado de que os indivíduos com HDL acima de 55 mg/dl

tinham 11% menos chances de ter câncer, incluindo tumores de pulmão e fígado. Foi o maior estudo

mostrando a relação entre HDL e câncer. Mas é preciso avançar para ter respostas mais claras. "Muitos

desses trabalhos são controversos, mas indicam novos caminhos de pesquisa que precisam ser trilhados",

diz o cardiologista Bertolami.

O duplo desafio das mulheres

Elas têm mais dificuldades para controlar o mau colesterol e ao mesmo tempo elevar o bom

Um estudo coordenado pelo cardiologista Raul dos Santos, de São Paulo, revelou que os homens

que já sofreram infarto ou acidente vascular cerebral tinham mais sucesso em atingir os níveis adequados

de LDL do que as mulheres nas mesmas condições. Dados inéditos do trabalho serão publicados na

edição de novembro da revista "American Heart Journal". Eles mostram que, além da dificuldade de

controlar o LDL, as mulheres costumam apresentar níveis menores de colesterol protetor, o HDL. Em 9,9

mil pacientes, o HDL baixo foi encontrado em 32% das mulheres, contra 27% dos homens. Para eles, os

inimigos que se revelaram mais atuantes na derrubada do bom colesterol foram a

diabetes e o cigarro. Para elas, a lista inclui a diabetes, a pressão alta, o cigarro e a obesidade abdominal.

As mulheres da família Cruz Antônio - a mãe, Guiomar, suas filhas Gisele e Fernanda, e sua neta

Marcela, 9 anos - sabem bem o que é lutar para manter os níveis da gordura equilibrados. Por causa de

uma tendência genética, todas têm dificuldade, mesmo com remédios. "Mas continuamos firmes nos

cuidados", diz Fernanda.

No rastro desses estudos, ampliam-se também as indicações das estatinas, o principal remédio

para baixar o LDL. Um estudo publicado na revista científica "Neurology" mostrou que quem toma

estatina depois de um acidente vascular cerebral tem 35% menos risco de sofrer outro problema

semelhante e 57% menos chance de morrer nos próximos dez anos vitimado por problemas nos vasos

sanguíneos cerebrais. Elas também melhoram a condição de pacientes internados por gripe, de acordo

com uma pesquisa patrocinada pelo Centro de Prevenção de Controle de Doenças americano. A

investigação avaliou 2,8 mil pessoas hospitalizadas entre 2007 e 2008. As que tomavam estatinas por

algum motivo tiveram duas vezes mais possibilidades de sobreviver.

Porém falta muito para domar o colesterol. "A medicina ainda está devendo na prevenção", diz o

cardiologista Raul Dias dos Santos, diretor da Unidade Clínica de Lípides do Instituto do Coração

(InCor), em São Paulo, e um dos principais pesquisadores internacionais da área. "Hoje, com os recursos

existentes, apenas 30% dos pacientes que já tiveram algum problema cardiovascular mantêm o LDL em

torno de 70 mg/dl, o que é ideal."

Isso mostra que é preciso abrir novas frentes de batalha. E é o que está sendo feito. Para baixar o

LDL, estuda-se a eficácia de uma substância, a ser tomada em uma única dose semanal injetável.

Seus primeiros resultados serão apresentados no encontro americano de cardiologia. Chamada de

mipomersen, ela está sendo testada em seis pacientes do InCor com alterações genéticas que fazem o

LDL atingir níveis muito altos, em torno de 500 mg/dl. A substância tem um mecanismo de ação

completamente diferente dos remédios disponíveis e pode reduzir o LDL em mais 25% além da

diminuição promovida pelas estatinas. "Em cerca de seis semanas, diminuímos o colesterol de alguns

pacientes de 500 para 140 mg/dl. Mas, em outros, a droga não teve efeito", conta Santos, coautor do

estudo.

Ainda no InCor, o pesquisador Carlos Eduardo Negrão, diretor da Unidade Ainda no InCor, o

pesquisador Carlos Eduardo Negrão, diretor da Unidade retardam sua oxidação. Quando essa oxidação

acontece, o LDL se torna mais nocivo. "O exercício o torna menos lesivo", explica Negrão. O trabalho foi

publicado na revista da Sociedade Americana de Fisiologia. Atento aos avanços da medicina, o executivo

Fábio Beltrão, 39 anos, está entre os que apostam nos poderes do exercício para baixar as gorduras no

sangue. "Descobri que o LDL estava alto quando fiz exames para entrar no time de corrida da empresa.

Agora, treino sob monitoramento", diz ele.

Há investimentos também para elevar o HDL. Com exercícios e dieta, por exemplo, é possível

melhorar até 15% o padrão desse colesterol bom. Mas o benefício dessa ordem só vale para quem tem

barriguinha ou possui triglicérides - outro tipo de gordura - alto.

Quem é magro não tem resultados tão expressivos. Por isso, há uma corrida das companhias

farmacêuticas em busca de alternativas. Hoje, a principal opção disponível é o ácido nicotínico.

O problema é que ele dá efeitos colaterais desconfortáveis - vermelhidão no rosto e suor

excessivo. No ano que vem chegará ao Brasil um remédio que deve acabar com o problema. Ele combina

o ácido ao laropipranto, substância que impede as complicações. Também estão em estudo dois novos

remédios, o dalcetrapibe e o anacetrapibe, que prometem subir em torno de 40% o HDL.

Outro foco é o conhecimento de frações pouco estudadas, como o oxicolesterol. Ele é produzido,

por exemplo, quando alimentos ricos em gordura são esquentados, como frango frito ou hambúrgueres.

Em estudo com cobaias na universidade de Hong Kong, o colesterol total dos animais alimentados

com oxicolesterol subiu 22% mais do que o daqueles que não o ingeriram.

Discutem-se ainda formas mais eficientes de avaliar o risco. uma delas é dosar, no exame de

sangue, a quantidade de PCR (proteína C reativa) de pessoas com LDL normal, como já se faz de rotina

no Canadá. Por quê? Trata-se de um marcador de risco de inflamação que, quando elevado, indica que o

LDL pode se tornar mais perigoso. Mais um trabalho, publicado em junho na revista "Circulation",

sugere dar maior atenção ao colesterol não HDL. Ou seja, a fração total menos o HDL. O que isso indica?

uma mistura de todas as outras partículas de gordura circulantes no sangue que podem de fato entupir as

artérias. "Além do LDL, outras gorduras são prejudiciais. Verificamos que 20% dos pacientes que tinham

o LDL nos níveis certos possuíam alguma outra gordura ruim fora de controle, o que é um risco", diz

Raul dos Santos.

A LIÇÃO DA BACTÉRIA

Cientistas descobrem micro-organismo que destrói o colesterol

Um grupo de cientistas da Universidade Complutense de Madrid, na Espanha, encontrou, entre

tantos tipos de bactérias que vivem no esgoto, uma espécie que tem a capacidade especial de degradar

muito rapidamente resíduos de colesterol. Deram a ela o nome de Gordonia cholesterolivorans. "Nós

acabamos de isolar os genes dessa bactéria para conhecer seus mecanismos de funcionamento", disse à

ISTOÉ o pesquisador Oliver Drzyzga, que liderou o trabalho. O que eles querem é entender como o

microorganismo metaboliza a gordura de modo tão eficiente, na esperança de encontrar no processo mais

uma forma de controle do colesterol no organismo humano. "Pretendemos modificá-la geneticamente

para criar compostos que possam ser usados no setor farmacêutico e médico."

Mas pelo menos fazer o exame que mede o colesterol vai ficar mais fácil. Pesquisadores da

Universidade de Cambridge, na Inglaterra, afirmam que não é preciso jejuar antes de testar o colesterol.

Fundamentada em dados de exames de 300 mil pessoas, a pesquisa coordenada pelo pesquisador John

Danesh indica que os resultados sem jejum são iguais aos dos exames convencionais. Muitos outros

estudos endossam esses resultados. É uma dificuldade a menos para ajudar na batalha para conservar a

saúde.

Fonte: IstoÉ

Data da Reportagem: 17/11/09
 
Perdigao - Estudante MBA Gestao Pessoas - Faculdade 2 Julho

Pílula da inteligência turbina a mente

Depois de “turbinar” o desempenho sexual de milhares de brasileiros com o lançamento de vários


estimulantes sexuais, o novo mercado de drogas lança no Brasil um medicamento, que promete dar

superpoderes ao cérebro. Na Paraíba, a chamada “pílula da inteligência” já está sendo usada por

vestibulandos, concurseiros, estudantes universitários, empresários e médicos residentes, que têm um

ritmo de estudo e de trabalho muito intensos. No País, o medicamento, também chamado de “viagra do

cérebro”, foi lançado este ano com nome de Stavigile, cuja substância é a modafinila.

Na Paraíba, esse remédio já está sendo vendido em algumas farmácias. Ele promete turbinar o

cérebro, dando mais concentração nos estudos e no trabalho, mais memória, mais raciocínio e deixando a

pessoa acordada por até 12 horas, sem perda do desempenho cognitivo. Além disso, a nova droga não

causaria dependência, porque é um estimulante não anfetamínico.

“Já passei até três dias participando de reuniões intermináveis, que exigem uma atenção

redobrada. Um dia, decidi tomar um remédio, que o neurologista receitou para melhorar minha

concentração. E funcionou. Tomei um comprimido desse Stavigile e passei 12 horas com a concentração

melhorada e sem sono. Sei que jovens também estão usando, para conseguirem estudar mais”, revelou

Antônio, 30 anos, empresário, que mora em João Pessoa.

“Depois de tomar o remédio, parece que tudo ficou mais fácil. Antes, lia um texto três ou cinco

vezes para conseguir assimilar. Agora, leio uma vez e já aprendo”, relatou Renata, 29 anos, estudante de

Direito, da Capital.

Os depoimentos são de paraibanos normais, que não têm problemas neurológicos, mas que

decidiram tomar o remédio para aumentar o desempenho nos estudos e no trabalho. A modafinila é uma

droga indicada para tratar, a princípio, a narcolepsia, um distúrbio que provoca um sono excessivo

durante o dia e, ainda, para pessoas que sofrem de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

Em pessoas normais, o medicamento parece “turbinar” a mente, aumentando a capacidade de

pensar. Mas até que ponto é seguro usar esse tipo de remédio? O neurologista Ronald Farias afirmou que

a modafinila não vicia, mas alerta que é preciso ter cautela.

Stavigile trata sonolência e age como ‘viagra do cérebro’

O neurologista Ronald de Lucena Farias disse que a modafinila é uma droga estimulante do

sistema nervoso central, que atua em várias áreas do cérebro, aumentando a transmissão bioquímica entre

os neurônios. “Ela acelera a transmissão entre um neurônio e outro e atua na substância reticular

ativadora cerebral, que é um grupo de neurônios que mantém a gente em estado de vigília. A sensação de

estar inteligente é porque mantém a pessoa mais alerta e mais concentrada”, explicou. “A modafinila é

um novo tipo de estimulante cerebral, que atua como uma espécie de ‘viagra’ do cérebro”, acrescentou o

médico Fernando Menezes Segundo.

Segundo Ronald Farias, a modafinila, também chamada de “pílula da vigília”, é a droga mais nova

disponível no mercado, utilizada para o tratamento de sonolência diurna (narcolepsia) e,

secundariamente, como estimulante, para pessoas com déficit de concentração, sonolentas, além de

estudantes, motoristas e outros trabalhadores da noite. “É um estimulante não anfetamínico. Não tem

relatos de que vicia e nem de lesão cerebral a curto prazo. Mas não pode ser usado direto”, alertou.

Aprovado, na época, em 1º lugar para Medicina e Direito no vestibular da UFPB, o médico

Ronald Farias revelou o segredo: “Estudar intensamente durante o dia, aproveitando o máximo esse

período e dormir bem à noite, em média oito horas, para que haja repouso dos neurônios e recomposição

dos neurotransmissores cerebrais”.

Efeitos colaterais

Para a neurologista Alba Medeiros Batista, as drogas estimulantes, principalmente as anfetaminas,

têm efeitos colaterais, porque reduzem a capacidade de relaxamento. “O importante é conhecer seus

limites, ter uma alimentação saudável, fazer uma atividade física e, se necessário, tomar algum

polivitamínico para aumentar o rendimento. As anfetaminas causam dependência. Não existe milagre,

mas bom senso”, pontuou.

Melhora da concentração

A psiquiatra Andréia Lígia Correia tem recebido muitos jovens em seu consultório, pedindo ajuda

para melhorar a concentração e o desempenho nos estudos. Segundo ela, a maioria tem entre 16 e 35

anos. São adolescentes, jovens e adultos jovens, que estão se preparando para vestibulares e concursos,

são universitários, estudantes de Medicina e médicos em residência.

“Chegou um jovem muito ansioso aqui, pedindo um remédio para melhorar a concentração dele e

‘turbinar’ a memória. Outra estudante, concluinte de Direito, também se queixou da falta de

concentração. Depois de tomarem o remédio (modafinila), eles disseram que aprendem mais rápido e que

só precisam ler uma vez para assimilar bem”, relatou a médica.

Segundo a psiquiatra, existem vários tipos de medicamentos estimulantes, como a Ritalina, cuja

substância é metilfenidato, do grupo das anfetaminas. “A modafinila é recente no Brasil e uma droga não

anfetamínica. Por isso, é preciso ter cuidado, porque não temos ainda dados científicos para dizer o que

essa droga pode causar no cérebro a longo prazo”, observou.

Ela disse que a modafinila e outras drogas semelhantes só devem ser usadas por um determinado

período de tempo, com uma finalidade, como se preparar para um concurso, uma prova ou um trabalho. E

o uso só deve ser feito com prescrição médica. “Nossa mente precisa descansar. Ninguém precisa ser

super homem o tempo inteiro. Existem drogas novas para todos os tipos de problemas, mas é preciso ter

moderação, porque são drogas específicas para grupos específicos”, advertiu Andréia Correia.

Preparação sem drogas

A paraibana Aline Nascimento está se preparando para concursos e disse que não toma nenhum

remédio para estimular o cérebro, porque acredita que pode trazer problemas no futuro. Já aprovada na

primeira etapa de um deles, ela diz que a fórmula é simples: “O segredo é fazer um cronograma de

estudo, organizar os horários e ter uma vida saudável, praticando uma atividade física”, ensinou.

Ronald Farias recomendou cautela, principalmente para alguns tipos de pacientes. Ele disse que

hipertensos precisam consultar primeiro seu cardiologista antes de fazer uso da modafinila, porque essa

droga acelera o coração. O Stavigile não deve ser usado por pessoas que tenham doença severa no fígado

ou pressão alta não tratada. “Não é indicado para pacientes cardiopatas. Além disso, pode anular o efeito

do anticoncepcional”, alertou.

Testes com 60 voluntários

A “pílula da inteligência” foi lançada na França em 1994 e batizada de “modafinil”. Após o

lançamento, atraiu o interesse dos militares. O Exército francês, e depois o americano, começaram os

testes. “O modafinil permite que indivíduos saudáveis fiquem acordados por mais de 60 horas, sem

efeitos colaterais”, concluiu estudo do governo francês. Em 2003, pesquisadores da Universidade de

Cambridge testaram o medicamento em 60 voluntários saudáveis e descansados. Os pesquisadores

descobriram que os voluntários tiveram melhor desempenho em testes cognitivos. Henriqueta Santiago

Fonte: Correio da Paraíba

Data da Reportagem: 15/11/09
 
Perdigão - estudante MBA Gestão Pessoas - Faculdade 2 Julho

terça-feira, 17 de novembro de 2009

TRANSTORNO MENTAL

45% da Grande São Paulo


já manifestou transtorno mental

Depressão é a doença mais prevalente, revela pesquisa com 5.037 moradores dos 39 municípios

da região metropolitana.

Números são superiores aos de outras partes do país e do mundo; fatores como violência e

competitividade explicam as altas taxas.

Na região metropolitana de São Paulo, 45% dos residentes já tiveram algum transtorno mental ao

longo da vida. Nos últimos 12 meses, 30% manifestaram algum problema.

As informações inéditas constam do projeto São Paulo Megacity, um estudo realizado pelo IPq

(Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas de São Paulo com 5.037 residentes dos 39 municípios

da região. Foram excluídos moradores de rua, pessoas que vivem em instituições e presos. Os dados

foram apresentados ontem no Congresso Brasileiro de Psiquiatria, em São Paulo.

O grupo de doenças que compõem os transtornos de ansiedade, como estresse pós-traumático,

fobias específicas e transtornos de pânico, é o mais frequente nessa população ao longo da vida,

respondendo por 28% dos casos.

Isoladamente, a depressão foi a doença mais prevalente -18% dos avaliados manifestaram o

problema. Em seguida estão as fobias específicas (12,4%) e abuso e dependência de álcool e drogas

(9,8%).

"A Grande São Paulo tem características que a diferem de outros contextos, no que diz respeito à

violência, por exemplo. Isso pode ajudar a explicar a alta prevalência dessas doenças", diz a psiquiatra

Maria Carmen Viana, pesquisadora do Núcleo de Epidemiologia Psiquiátrica do IPq e uma das

investigadoras.

Os pesquisadores entrevistaram pessoalmente, entre maio de 2005 e abril de 2007, voluntários

com mais de 18 anos. Foram usados métodos específicos para detectar transtornos mentais em estudos

epidemiológicos. Segundo a psiquiatra do IPq Laura Helena Andrade, coordenadora do trabalho, os

resultados de pesquisas com essa forma de avaliação realizadas em outros países foram confirmados em

exames clínicos detalhados posteriores.

Segundo o Ministério da Saúde, as prevalências dessas doenças no Brasil seguem as taxas

mundiais, mais baixas do que as apresentadas na Grande São Paulo. No caso dos transtornos de

ansiedade, a proporção é de 15% da população.

Dados do ministério mostram ainda que, no país, a depressão grave atinge 6% das mulheres

maiores de 15 anos e 2% dos homens. A moderada ou leve é manifestada por cerca de 15% da população

em algum momento da vida.

Dados de estudos internacionais apontam ainda que cerca de 30% das pessoas manifestam algum

transtorno psiquiátrico ao longo da vida, de acordo com o psiquiatra Acioly Lacerda, professor de

psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Uma das hipóteses para explicar a alta prevalência na Grande São Paulo são dados de trabalhos

científicos que apontam relação proporcional entre o tamanho da cidade e o maior risco para transtornos

graves. "Existem vários fatores que influenciam, como o estresse social. O estresse mais poderoso nesse

sentido é o da competitividade, da expectativa social, que é muito maior em megalópoles do que em

locais menores", explica Lacerda.

Para os pesquisadores, São Paulo não está preparada para lidar com os problemas. O estudo

mostrou que, entre os que sofrem de depressão, por exemplo, somente 37% dos pacientes recebem

tratamento -desses, 15% seguem tratamento que consideram adequado (com visitas ao médico ou ao

psicólogo e uso de antidepressivos ou psicoterapia).

"Esses dados precisam ser analisados para apontarmos a que se deve o problema. Mas é preciso

ter políticas públicas de saúde direcionadas para prevenção em crianças e adolescentes com risco,

detecção e intervenção precoce", diz Viana.

Fonte: Folha de S. Paulo

Data da Reportagem: 07/11/09
 
Perdigão - Estudante MBA Gestão Pessoas - Faculdade 2 Julho

domingo, 15 de novembro de 2009

CANHOTOS OU DESTROS POR OPÇÃO

Pesquisa da USP indica que a influência das experiências ao longo da vida na definição do lado do corpo

mais usado pode ser maior do que se imaginava

Ser destro ou canhoto pode ser apenas uma questão de prática, não sendo a genética tão

determinante assim na definição de qual mão utilizamos para escrever ou que pé usamos para chutar uma

bola, por exemplo. A afirmação pode parecer estranha, mas é o que sugerem trabalhos realizados pelo

Laboratório de Sistemas Motores Humanos da Escola de Educação Física e Esportes da Universidade de

São Paulo (EEFE/USP), que deram origem à pesquisa Lateralidade e comportamento motor. Os

resultados do estudo demonstram que essa preferência é provocada pelo processo do desenvolvimento

motor. “Nossa suposição é que as experiências motoras com cada uma das mãos têm importância muito

maior no desenvolvimento da lateralidade do que se imagina”, alega Luis Augusto Teixeira, coordenador

da pesquisa.

De forma geral, acredita-se que a lateralidade de uma pessoa seja provocada pelos genes. Por esse

ponto de vista, um dos hemisférios cerebrais seria mais apto a controlar os movimentos voluntários e, em

função dessa predisposição inata, a pessoa se tornaria destra ou canhota. No entanto, Teixeira observou

que tanto a preferência pelo uso de uma das mãos quanto o desempenho motor relativo entre as mãos

direita e esquerda podem ser facilmente modificados por experiências práticas. Isso tem implicações

diretas na formação da lateralidade nos primeiros anos de vida, quando se estabelece a preferência. “O

simples fato de a mãe colocar uma colher ou brinquedo sempre em uma das mãos de seu bebê poderia

influir na formação de sua lateralidade”, pontua.

Os estudos têm mostrado que, para a grande maioria das ações motoras, a capacidade de

aprendizagem é equivalente entre os lados direito e esquerdo do corpo. Por isso, uma vez que alguém se

empenhe em praticar alguma atividade usando o lado não dominante pode, após algum tempo,

desempenhar as ações praticadas alcançando a mesma eficiência com ambas as mãos.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores pediram a voluntários que fizessem exercícios que

consistiam em realizar uma sequência de toques entre os dedos. Um grupo de pessoas fez o exercício com

a mão preferida e o outro, com a mão não preferida. “Aqueles que começavam com a mão não dominante

achavam que não conseguiriam realizar as tarefas”, conta Teixeira. Porém, a taxa de sucesso entre os dois

grupos foi similar. A medição feita no final dos testes mostrou que o desempenho de ambos os grupos

dependia muito mais da mão com que praticaram o exercício do que do fato de terem usado a mão

preferida ou não.

Outro fator observado foi que uma certa prática leva aos mesmos resultados com os lados

dominante e não dominante. Isso significa que, se uma ação é praticada com a mão não preferida, depois

de pouco tempo o desempenho se torna melhor com esta mão do que com a mão dominante. “Assim, fica

evidente que a plasticidade neural é capaz de, rapidamente, levar a uma vantagem de desempenho com a

mão usada durante a prática”, analisa Teixeira. Não existe uma forma especial de prática com o lado não

preferido em comparação ao praticado com o lado preferido. É preciso haver uma quantidade mínima de

repetições com o propósito de melhorar o desempenho.

Circuitos

No domínio motor, porém, são poucas as ações em que há uma vantagem consistente de

desempenho com um dos lados do corpo desde fases iniciais do desenvolvimento. Algo que os cientistas

já sabem é que experiências com uma das mãos levam a modificações nos circuitos cerebrais. “Uma parte

importante dessas modificações é específica ao hemisfério cerebral contralateral à mão utilizada. Assim,

a especialização hemisférica é algo dinâmico, que se altera com as experiências do dia a dia”, explica o

coordenador da pesquisa.

É aí que Teixeira sugere que a escolha do lado dominante do corpo pode ser feita por conta de

acontecimentos na vida do indivíduo, ou mesmo por influência dos pais. “A criança se espelha nos pais.

Se eles são destros oferecem tudo ao bebê com a mão direita. Com isso, a criança acaba tendendo a ser

destra também.” Segundo o coordenador, a preferência manual é bastante variável até os 2 anos de idade,

sendo bastante suscetível de ser afetada por fatores ambientais.

Então, como explicar os ambidestros? Alex Ribeiro Garcia, 29 anos, jogador do Universo e da

Seleção Brasileira de Basquete, é um desses casos raros. Ele chuta com o pé esquerdo e arremessa com a

mão esquerda, mas controla melhor a bola com a direita, a preferida também na hora de escrever. “Minha

precisão é com a esquerda, mas sou mais confiante com meu lado direito”, diz o jogador, que se

considera canhoto.

Para a ciência, no entanto, ele tem o que se chama lateralidade cruzada. “Por algum motivo, ele

desenvolveu essa preferência cruzada. O que demonstra que elementos como prática ou algum

acontecimento durante a vida tenha definido a ambidestralidade, mesmo que cruzada”, explica Luis

Augusto Teixeira. Alex puxa pela memória, mas não sabe dizer o que pode ter definido suas escolhas.

“Sou assim desde criança. Mas confesso que o esporte me ajudou a desenvolver essas habilidades que

chamam de cruzadas.” Os estudos podem servir de estímulo para atletas treinarem os dois lados do corpo,

buscando melhorar sua performance. “O difícil é convencer a pessoa a se empenhar e fazer com que os

lados fiquem equiparados”, comenta Teixeira.

Fonte: Correio Braziliense

Data da Reportagem: 10/11/09
 
 
Perdigão - Estudante MBA Gestão de Pessoas - Faculdade 2 Julho

IRIDOLOGIA - ESTUDO DA ÍRIS

A íris como manual de instruções Entenda como a Iridologia pode ser uma aliada do autoconhecimento




Todos nós já escutamos em alguma situação a brincadeira que diz que o ser humano devia ter um manual de instruções, que é difícil entendê-lo, educá-lo e tudo o mais, não é mesmo? Mas agora, o que estamos descobrindo é que temos não só um, mas diversos manuais de instruções, desde que aprendamos a lê-los.

O olhar exerce naturalmente uma grande atração sobre nós! Sabemos que "os olhos são as janelas da alma" e que pelo brilho do olhar percebemos se alguém está apaixonado ou soltando faíscas de raiva! É muito difícil esconder o que sentimos quando alguém nos olha nos olhos. O que ainda não sabíamos e que vem sendo demonstrado é que a configuração de nossa íris é um mapa que nos mostra tanto aspectos físicos quanto emocionais e que este estudo pode se constituir num importante aliado nos processos de tratamento de sintomas e doenças e, especialmente, de autoconhecimento.

Não é exclusividade da iridologia estudar o que ocorre dentro do corpo humano através da observação de áreas externas - princípio da reflexologia podal ou da auriculoterapia. As medicinas tradicionais, tais como a chinesa, a ayurvédica (indiana) e a xamânica (indígena), já se baseavam no fato de que nosso corpo possui áreas reflexas, a partir das quais podemos montar mapas que nos orientam a tratar órgãos e sistemas sem termos acesso direto a eles.

No caso da iridologia, que baseia seus estudos na íris, contamos com o fato de que os olhos, terminações do nervo ótico, são um prolongamento exterior do sistema nervoso autônomo, cobertos apenas pelas pálpebras. A íris é formada por um tecido de fibras nervosas que recebem as informações de todo o sistema nervoso, que fazem do olho tanto o "espelho da alma" quanto a "janela do corpo", por onde se pode observar a constituição física e psíquica do indivíduo.

Os registros mais antigos sobre o estudo da íris foram encontrados em cerâmicas no Egito que mostram desenhos de íris com sinais iridológicos. Mas no final do século XIX, foi o ainda menino húngaro Ignaz de Péczely que observou que ao fraturar acidentalmente a pata de uma coruja, imediatamente surgiu um sinal na íris do animal. À medida que a fratura era consolidada, o sinal mudava de característica e marcava de forma definitiva a íris. Adulto, como médico, Dr Ignaz de Péczely deduziu que a íris guardava em si as marcas e sinais do que acontecia dentro de nosso corpo, bem como a base genética que nos moldava. Foram seus estudos que deram início a esta importante área de conhecimento humano.

A partir de então, muito tem sido pesquisado e divulgado sobre a íris, consolidando cada vez mais a iridologia como um eficaz método não invasivo de auxílio em diagnósticos físicos e psíquicos. E também como um aliado nos processos de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Sua ação preventiva permite conhecer zonas de fragilidade do organismo e estruturar tratamentos adequados em fases preliminares de surgimento de sintomas, levando o indivíduo a uma maior conscientização a respeito do funcionamento de seu corpo e mente.

O que você pode saber pelo exame de sua íris

Você pode ver uma imagem de sua íris captada por equipamento adequado, que garante fidelidade e qualidade, e guardar um CD destas imagens.

Você pode receber um relatório padrão contendo o levantamento de dados mais relevantes da sua íris nos aspectos físicos e ou psíquicos.

Você pode consultar um iridólogo que vai produzir um relatório contendo o levantamento detalhado dos dados de sua iridologia física e ou psíquica e que o encaminhará a um naturólogo ou terapeuta natural. O profissional vai propor um tratamento natural para as questões que aparecem como fragilidades na sua íris, tratando e prevenindo os desequilíbrios.

Perdigão - Estudante MBA Gestão Pessoas - Faculdade 2 Julho

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

REMÉDIOS GANHAM SISTEMA CONTRA FALSIFICAÇÃO

Medicamentos vendidos no Brasil vão ganhar um sistema de segurança contra falsificações.

A tecnologia já é usada em outros produtos vai permitir rastrear por onde os remédios passaram até

chegar ao consumidor.

Só a aparência não basta. Antes de comprar repolho, banana, pimentão, agora, o povo da

cidade quer saber mais da roça.

Num supermercado de São Paulo, frutas e verduras têm um número. Com essa espécie de

RG, o consumidor pode checar na internet onde eles foram produzidos.

“A gente tem condições de entender em que ponto da cadeia pode ter havido determinada

ocorrência e atuar sobre esse ponto fazendo com que o consumidor possa consumir um produto sem

dano à sua saúde” diz a diretora de alimentos Mariângela Ribeiro.

Numa indústria química, a preocupação é evitar falsificações e contrabando. Um lacre é a

aposta para reverter perdas de 20 milhões de dólares por ano. A nova etiqueta antifraude tem selo

holográfico e código de barras bidimensional. Com um leitor ótico, é possível saber quando e onde

foi fabricado.

“Esse cliente teria então a segurança de saber que aquele produto foi produzido pelo

fabricante original, para que ele não seja alvo de comprar um produto falsificado, um produto

roubado,” afirma o diretor de industria química, Eduardo Leduc.

A indústria farmacêutica também confia nesse sistema para acabar com o comércio ilegal.

No primeiro semestre deste ano, foram apreendidas 316 toneladas de medicamentos falsos, sete

vezes o que se recolheu no mesmo período de 2008.

Várias tentativas de combater o comércio ilegal de remédios fracassaram. Entre elas, a

"raspadinha". Desde 1998, todo medicamento tem uma área que, raspada, revela a marca do

fabricante. E até isso foi copiado pelos falsificadores. Agora, uma lei determina que a partir de

janeiro de 2010, todas as embalagens saiam da fábrica com um código único. Ele vai revelar a

localização do remédio e o caminho percorrido por ele.

Na primeira fase, fábricas, distribuidores e farmácias terão de instalar o sistema de

rastreamento. Cada vez que o remédio trocar de mãos, a mudança fica registrada num banco de

dados administrado pelo governo. Se o consumidor desconfiar que comprou um remédio

falsificado, poderá tirar a dúvida rapidamente.

A mudança vai exigir investimento das empresas. E o governo já avisou que não vai permitir

repasses ao consumidor.

Em 2012, o sistema de rastreamento vai identificar também o médico que receitou e o

paciente que comprou o remédio.

“É uma informação muito valiosa que precisa ser respeitado o sigilo e a privacidade do

comprador de medicamentos, do paciente e do médico,” afirma André Montoro Filho, do Instituto

Brasileiro de Ética Concorrencial.

Assista à reportagem completa do Jornal Nacional:

http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1364001-10406,00-

REMEDIOS+GANHAM+SISTEMA+CONTRA+FALSIFICACAO.html

Fonte: Jornal Nacional – TV Globo

Data da Reportagem: 02/11/09
 
Perdigão - Estudante MBA - Gestão Pessoas - Faculdade 2 Julho

FALTA DE SOL, CÁLCIO E VITAMINA D

A media que a expectativa de vida dos brasileiros aumenta, crescem os casos de osteoporose. Embora

atinja mais mulheres, a doença metabólica mais comum no mundo não é exclusivamente feminina

O aumento da expectativa de vida do brasileiro tem sido acompanhado por uma epidemia

silenciosa, que pode ganhar maiores proporções nas próximas décadas. A vilã, conhecida como

osteoporose, compromete a qualidade de vida de uma em cada três mulheres acima de 50 anos e

contabiliza, atualmente, pelo menos 10 milhões de vítimas em todo o Brasil. Especialistas alertam que a

pouca ingestão de cálcio e os baixos níveis de vitamina D (1)no sangue da população infantil indicam que

as crianças de hoje são fortes candidatas a sofrerem do mal em um futuro próximo.

A osteoporose é a doença metabólica mais comum em todo o mundo. Ela afeta os ossos,

deixando-os mais fracos e propensos a sofrerem fraturas. Não existem estudos epidemiológicos que

comprovem o aumento da incidência no país, mas a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e

Metabologia (SBEM) não tem dúvidas: o número de vítimas do mal já configura um problema de saúde

pública. A doença não é letal, mas as fraturas decorrentes do enfraquecimento ósseo podem levar o

paciente à morte. As mais comuns são as de quadril, vértebras e fêmur (osso da coxa). Estudos sugerem

que a primeira ruptura ocorre um ano depois do aparecimento da patologia, que é praticamente

assintomática. Cerca de 200 mil pessoas morrem por ano no Brasil em decorrência dessas fraturas.

“Menos de 10% das pessoas que quebram o fêmur, osso mais resistente do corpo humano, recebem

diagnóstico e tratamento para a doença”, revela a presidente do Departamento de Metabolismo Ósseo e

Mineral da SBEM, Victória Borba.

Idade avançada, histórico familiar, alimentação pobre em cálcio, sedentarismo, tabagismo,

alcoolismo e baixo índice de massa corporal são fatores de risco. A menopausa também está entre as

causas mais comuns, pois a falta de estrogênio reduz a composição óssea. A reumatologista Ana Patrícia

de Paula explica que o esqueleto, além de promover sustentação ao corpo, é fonte de cálcio para funções

importantes, como batimentos cardíacos e força muscular. “É uma estrutura viva, que está em constante

renovação. Sua destruição e reconstrução ocorre simultaneamente em diferentes partes do esqueleto”,

assegura.

Homens

A osteoporose é o desequilíbrio desse processo. A remodelação óssea não consegue acompanhar a

absorção do cálcio pelo organismo, caso o elemento não tenha sido armazenado ao longo da vida. A

médica ressalta que, apesar de mais comum entre as mulheres, a doença não é exclusivamente feminina.

Os homens sofrem com o problema, mas em idade mais avançada e com um agravante: o mal geralmente

vem acompanhado de outras patologias comuns em idosos. “As fraturas são mais graves entre os homens,

o que faz com que a taxa de mortalidade decorrente dessas rupturas seja maior entre eles”, observa Ana

Patrícia.

As mulheres também são mais cuidadosas. Depois que descobrem a doença, passam a monitorá-la

atentamente. É o caso da dona de casa Odete Chinchilla, 78 anos. Três décadas depois de ter recebido o

diagnóstico pelas mãos de uma ginecologista, ela confessa ter sofrido várias fraturas. No entanto,

conseguiu se recuperar de todas e faz questão de curtir a terceira idade ativamente, seguindo a dieta

recomendada e exercitando-se dentro do possível. “Tinha pouco mais de 50 anos quando a osteoporose

chegou em minha vida. A médica se assustou com a perda óssea avançada para a minha idade. A

menopausa agravou a doença”, conta. De lá para cá, Odete fraturou a coluna virando na cama, quebrou o

joelho, os pés, as costelas e sofreu com as dores decorrentes dos acidentes. “Tive infância saudável, mas

sou muito clarinha e baixinha, e isso é um fator de risco, sem contar que sempre tomei muito refrigerante,

o que também colaborou”, confessa.

Para Francisca Maria da Silva, 57 anos, a osteoporose foi uma surpresa. Voluntária do Centro do

Idoso do Hospital Universitário de Brasília (HUB), ela nem chegou a desconfiar da doença. “Uma

médica suspeitou da minha postura curvada e pediu um exame, que não deixou dúvidas. Desde então,

tomo medicamentos para repor o cálcio e tenho mais cuidado com a alimentação. Bebo muito leite, como

queijo e folhas verdes e tento prevenir as quedas. Tem dado certo. Graças a Deus, não tive nenhuma

fratura ainda”, comemora.

Prevenção

A osteoporose é comprovada por meio da densitometria óssea, exame de imagem que faz uma

varredura na coluna e no fêmur do paciente. Abaixo dos 40 anos, a doença é rara e quando ocorre é

preciso investigar causas secundárias do enfraquecimento ósseo. Indivíduos asmáticos, com doença

celíaca, usuários crônicos de corticosteroides estão mais expostos ao mal. As drogas disponíveis não

curam, mas previnem as fraturas. O próprio cálcio, vitamina D, medicamentos formadores de massa

óssea ou antirreabsortivos, que não deixam o osso se desgastar e promovem a absorção de cálcio, fazem

parte do arsenal.

A prevenção, porém, é a melhor arma. Ela é possível com boa alimentação, composta de leite e

seus derivados, e exposição solar saudável. “As crianças de hoje não comem bem, não brincam, não

recebem os benefícios dos raios solares. Em Curitiba, uma pesquisa detectou que 40% delas em idade

escolar têm insuficiência de vitamina D, o que nos leva a acreditar que a epidemia de osteoporose pode

ganhar força nas próximas décadas”, lamenta a representante da SBEN, Victória Borba.

1 - Necessidade de sol

A vitamina D promove a absorção de cálcio, essencial para o desenvolvimento de ossos e dentes,

e para coração, cérebro e pâncreas. A substância não é encontrada pronta na maioria dos alimentos, mas

sintetizada a partir de uma proteína existente no organismo — o calciferol —, com ajuda da exposição

solar. Funciona assim: ao ingerirmos a pró-vitamina D dos alimentos, precisamos da radiação ultravioleta

para transformá-la em vitamina D. Por isso, pessoas com restrições de exposição solar precisam reforçar

as fontes dessa vitamina no cardápio.

Ouça entrevista com a presidenta do Departamento de Metabolismo Ósseo e Mineral da SBEM,

Victória Borba

Fonte: Correio Braziliense

Data da Reportagem: 04/11/09
 
Perdigão
Estudante MBA - Faculdade 2 Julho

domingo, 8 de novembro de 2009

Ensino a distância sofre resistência

Ensino a distância sofre resistência

 
Levantamento mostra que 18 mil estudantes foram vítimas de preconceito; para MEC, discriminação é ilegal

Mariana Mandelli escreve para "O Estado de SP":

Mais de 18 mil alunos de cursos de educação a distância de instituições particulares e públicas sofreram preconceito por terem optado por essa modalidade de ensino, segundo levantamento da Associação Brasileira de Estudantes de Ensino a Distância (ABE-EAD), que recebe as denúncias desde 2007.

São casos de discriminação por alunos de cursos presenciais, dúvidas dos empregadores sobre a validade dos cursos - mesmo os autorizados pelo Ministério da Educação -, dificuldades para conseguir estágio, para obter o registro profissional e fazer inscrição em concurso.

Hoje há no Brasil mais de 2,6 milhões de alunos em 1.752 cursos, segundo o Censo de Educação a Distância. No início do mês, a ABE-EAD entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal contra o Conselho Nacional do Ministério Público. Por meio da resolução nº 40, de maio deste ano, o conselho dizia que só diplomas de cursos presenciais seriam aceitos para o Ministério Público. A conclusão deve sair nas próximas semanas.

Além do conselho, outros órgãos veem problemas no ensino a distância. É o caso do Conselho Federal de Serviço Social, que não apoia a modalidade. A dificuldade para estágio é, segundo a presidente do conselho, Ivanete Boschetti, culpa da estrutura da educação a distância, que prioriza a "quantidade em vez da qualidade da formação". "O mercado não absorve esse número de estagiários."

Em junho de 2008, o Conselho Federal de Biologia publicou resolução proibindo o registro para profissionais com diplomas de ensino a distância. Segundo o secretário de educação a distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, qualquer medida contra o aluno formado por instituições credenciadas pelo governo é ilegal. "Entramos com as medidas legais e eles vão sofrer a penalidade da lei." Segundo a vice-presidente do conselho, Inga Mendes, o MEC propôs a criação de um grupo para discutir a questão, mas não houve retorno. A resolução ainda vigora.

São Paulo

Neste ano, a ABE-EAD iniciou uma discussão com o Conselho Municipal de Educação que, por meio de deliberações de 2004, vetou a participação de professores formados a distância em concursos públicos. Em junho, foi deferida liminar a favor dos alunos, classificando a posição da prefeitura como discriminatória. No caso de descumprimento, será aplicada multa de R$ 100 mil/dia. A Prefeitura de São Paulo recorreu.

Na rede estadual, circular da direção de ensino de Itapetininga repudia a atribuição de aulas a docentes formados a distância. O secretário estadual da Educação, Paulo Renato Souza, afirmou que não tinha conhecimento do caso e que verificará a situação. Foi marcado encontro entre ABE-EAD e governo.

Falta de informação sobre cursos gera recusas

Alunos de cursos a distância de diversas áreas relatam algo em comum: o receio de ser discriminado. Quando buscava um estágio, a secretária Sônia Martins, de 24 anos, que cursa Gestão Pública a distância pela Faculdade de Tecnologia de Curitiba, ouviu de uma funcionária da Subprefeitura de Santo Amaro (SP) que seu diploma não seria aceito nem para concurso público. "Fiquei chocada." Apesar de a Prefeitura de São Paulo afirmar que não faz restrições, Sônia se sentiu discriminada.

Neusa Bastos Garcia, de 60 anos, tentou trocar seu curso de Pedagogia a distância por um presencial após saber de casos em que o diploma foi recusado na rede municipal. "Minha transferência não foi aceita." Ela teme ter perdido tempo e dinheiro.

Alunos de Biologia prestes a se formar também temem dificuldades para obter o registro. Roger Maciel, de 30 anos, acha que o preconceito com ensino a distância é um retrocesso. "Parece que estão fazendo reserva de mercado." Helen Borges, de 22 anos, do mesmo curso, concorda. "Não posso ser rotulada. Tem aluno bom e ruim em todo tipo de ensino."

A discriminação, segundo especialistas, é baseada no fato de a educação a distância ser encarada como novidade. "É a questão do desconhecido que causa isso", diz Masako Masuda, presidente da Cederj. Para pesquisadores, o preconceito é fundamentado na ideia elitizada do ensino. "A greve na USP contra ensino a distância é um exemplo", diz Fredric Litto, presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância. "A USP foi feita para preparar uma elite, só que a sociedade cresceu e não há dinheiro para esse modelo."
(O Estado de SP, 3/11)

Lixo eletrônico em excesso

Lixo eletrônico em excesso

 
Descarte de dispositivos eletrônicos portáteis é problema

Há mais de dez anos tem crescido enormemente o uso de dispositivos eletrônicos portáteis, como computadores, telefones celulares e tocadores de música (primeiramente CD e, depois, arquivos digitais). Um dos resultados, que a princípio não parecia preocupante, é o acúmulo de lixo.

Eletrônicos hoje representam o tipo de resíduo sólido que mais cresce na maioria dos países, mesmo nos em desenvolvimento. Um dos grandes problemas de tal lixo está nas baterias, que contêm substâncias tóxicas e com grande potencial de agredir o ambiente.

Em artigo publicado na edição desta sexta-feira, dia 30, da revista Science, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, comentam o problema e a ausência de políticas adequadas de reciclagem.

"O pequeno tamanho, a curta vida útil e os altos custos de reciclagem de tais produtos implicam que eles sejam comumente descartados sem muita preocupação com os impactos adversos disso para o ambiente e para a saúde pública", apontam os autores.

Eles destacam que tais impactos ocorrem não apenas na hora de descartar os equipamentos eletrônicos, mas durante todo o ciclo de vida dos produtos, desde a fabricação ou mesmo antes, com a mineração dos metais pesados usados nas baterias.

"Isso cria riscos de toxicidade consideráveis em todo o mundo. Por exemplo, a concentração média de chumbo no sangue de crianças que vivem em Guiyu, na China, destino conhecido de lixo eletrônico, é de 15,2 microgramas por decilitro", contam.

Segundo eles, não há nível seguro estabelecido para exposição ao chumbo, mas recomenda-se ação imediata para níveis acima de 15,2 microgramas por decilitro de sangue.

Os pesquisadores estimam que cada residência nos Estados Unidos guarde, em média, pelo menos quatro itens de lixo eletrônico pequenos (com 4,5 quilos ou menos) e entre dois e três itens grandes (com mais de 4,5 quilos). Isso representaria 747 milhões de itens, com peso superior a 1,36 milhão de toneladas.

O artigo aponta que, apesar do tamanho do problema, 67% da população no país não conhece as restrições e políticas voltadas para o descarte de lixo eletrônico. Além disso, segundo os autores, os Estados Unidos não contam com políticas públicas e fiscalização adequadas para a reciclagem e eliminação de substâncias danosas dos produtos eletrônicos.

Os pesquisadores pedem que os governos dos Estados Unidos e de outros países coloquem em prática medidas urgentes para lidar com os equipamentos eletrônicos descartados. Também destacam a necessidade de se buscar alternativas para os componentes que causem menos impactos à saúde humana e ao ambiente.

O artigo The electronics revolution: from e-wonderland to e-wasteland, de Oladele Ogunseitan e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org
(Agência Fapesp, 30/10)

Infoproletários: a degradação real do trabalho virtual

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16211

Política| 26/10/2009 | Copyleft



Infoproletários: a degradação real do trabalho virtual

Há uma associação oculta entre o uso de novas tecnologias e a imposição de condições de trabalho do século XIX em um dos setores considerados como mais dinâmicos da economia moderna. Essa é uma das teses centrais do livro "Infoproletários - Degradação real do trabalho virtual, um lançamento da Boitempo Editorial. Obras será lançada dia 13 de novembro, às 17h30min, no prédio de Filosofia e Ciências Sociais da USP (Sala 18), com a presença de Ricardo Antunes, Ruy Braga e Francisco de Oliveira.
O livro "Infoproletários - Degradação real do trabalho virtual" evidencia a associação oculta entre o uso de novas tecnologias e a imposição de condições de trabalho do século XIX em um dos setores considerados como mais dinâmicos da economia moderna, o informacional. Ao contrário do que é prometido pelos entusiastas deste novo segmento, os trabalhadores vivenciam uma tendência crescente de alienação do trabalho em escala global. A obra reúne uma série de ensaios que esquadrinham diferentes aspectos da rotina e do modo de vida daqueles que, apesar de frequentemente arruinarem suas vozes ao transformá-las em poderosos instrumentos de acumulação de capital, raramente são ouvidos.

A classe trabalhadora é retratada neste livro em duas representações polarizadas. De um lado, aparecem os operadores de telemarketing. Globalizados em sua relação social, totalizados em sua subordinação, monitorados em cada um de seus movimentos, punidos por cada infração às regras, resumem e simbolizam os novos trabalhadores atrelados ao resplandecente, porém inatingível, mundo do consumo. Sua imaginação é totalmente circunscrita e dirigida pelo capitalismo.

Já em outro extremo estão os aristocratas do cibertrabalho, os programadores de software, gabando-se e desfrutando de sua autonomia enquanto se movem em espiral pelo espaço e pelo tempo. Eles não são menos prisioneiros da própria individualidade, intoxicados por seu ilusório empreendedorismo.

Segundo Michel Burawoy, sociólogo que assina a orelha do livro, ”a obra aponta para a profunda transformação sofrida pela classe trabalhadora e o projeto de movimento internacional operário, ante os parâmetros verificados por Karl Marx em seu tempo. Apenas a articulação entre múltiplas identidades – de gênero, de nacionalidade, de raça, assim como de classe – forjadas em terrenos políticos que transcendam a produção imediata lhes permitirá se rebelar contra o mercado e desafi ar o capital global – mas, mesmo assim, apenas em um grau limitado e de uma forma fragmentária. Essa é certamente a mensagem deste livro – que revela a experiência cotidiana vivida por essa nova classe trabalhadora globalizada ligada aos serviços”.

Ensaios e autores

O trabalho do conhecimento na sociedade da informação: a análise dos programadores de software
Juan José Castillo

A construção de um cibertariado? Trabalho virtual num mundo real
Ursula Huws

A vingança de Braverman: o infotaylorismo como contratempo
Ruy Braga

O “trabalho informacional” e a reificação da informação sob os novos paradigmas organizacionais
Simone Wolff

Os trabalhadores das Centrais de Teleatividades no Brasil: da ilusão à exploração
Sirlei Marcia de Oliveira

O desenho do trabalho assalariado em empresas fidelizadoras da indústria de call centers no Brasil
Arnaldo Mazzei Nogueira e Fabrício Cesar Bastos

Centrais de Teleatividades: o surgimento dos colarinhos furta-cores?
Selma Venco

A identidade no trabalho em call centers: a identidade provisória
Cinara Lerrer Rosenfield

As trabalhadoras do telemarketing: uma nova divisão sexual do trabalho?
Claudia Mazzei Nogueira

Trajetórias profissionais e saberes escolares: o caso do telemarketing no Brasil
Isabel Georges

Século XXI: nova era da precarização estrutural do trabalho?
Ricardo Antunes

Apêndice
Capital fixo e o desenvolvimento das forças produtivas na sociedade
Karl Marx


Sobre os organizadores
Ricardo Antunes é professor de sociologia do trabalho na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e organizador de Riqueza e miséria do trabalho no Brasil (São Paulo, Boitempo, 2007). É autor de Adeus ao trabalho? (São Paulo, Cortez, 2003) e Os sentidos do trabalho (São Paulo, Boitempo, 1999), entre outros livros.

Ruy Braga é professor do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo e diretor do Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania da USP (Cenendic). É autor de, entre outros livros, Por uma sociologia pública (com Michael Burawoy) (São Paulo, Alameda, 2009) e A nostalgia do fordismo: modernização e crise na teoria da sociedade salarial (São Paulo, Xamã, 2003).

Sobre a Coleção Mundo do Trabalho

Coordenação de Ricardo Antunes

Estudos sobre o trabalho, a sua centralidade na sociedade capitalista, a análise do sindicalismo, questões de gênero e o impacto das transformações trazidas

Ficha técnica
Título: Infoproletários
Subtítulo: degradação real do trabalho virtual
Organizadores: Ricardo Antunes e Ruy Braga
Orelha: Michel Burawoy
Páginas: 256
Ano de publicação: 2009
ISBN: 978-85-7559-136-9
Preço: R$ 44,00
Coleção Mundo do Trabalho - Boitempo Editorial

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A SAGA DE UMA MENTE GENIAL

Albert Einstein foi o cientista mais popular de toda a história. Seu rosto é o

único que a maioria das pessoas reconhece como o de um gênio – especialmente

naquela foto na qual, irreverente e cabeludo, ele mostra a língua para o fotógrafo.

Não é para menos. Einstein revolucionou o conhecimento do homem sobre

a natureza. Mostrou a existência de um mundo invisível, cheio de moléculas e átomos em constante

agitação. Suas digitais estão num amplo leque de tecnologias que hoje fazem parte do nosso cotidiano.

Células fotoelétricas e laser, energia nuclear e fibras ópticas, viagens espaciais e até os chips de

computadores derivam de suas ideias. E, não se deve esquecer, foi ele quem colocou na boca do povo o

conceito de que tudo é relativo. Os elementos da genialidade em sua vida são de fácil descrição:

originalidade, inteligência, percepção e realizações que excedem as de qualquer um de seus

contemporâneos em seu campo de estudo. Mais complicado é explicar, cientificamente, de onde vinha

todo esse talento. É compreensível que tantos cientistas se debrucem hoje sobre o cérebro do físico genial

– retirado pelo médico-legista após sua morte, em 1955 – em busca da solução de um grande enigma:

existiria no órgão alguma característica anatômica capaz de influenciar a inteligência de uma pessoa? A

resposta a essa pergunta não diz respeito apenas a Einstein. Ela ajudaria também a entender a inteligência

em todos nós.

O repórter Leandro Narloch, de VEJA, foi aos Estados Unidos para conhecer de perto as

principais pesquisas e conversar com os cientistas que trabalham com o cérebro de Einstein. No escritório

de Elliot Krauss, patologista-chefe do Hospital de Princeton, em Nova Jersey, Narloch teve a

oportunidade de conhecer, por assim dizer, o próprio Einstein. Ou, pelo menos, a maior porção

remanescente de seu corpo. São 180 fragmentos de seu cérebro, embrulhados em pequenos pacotes de

gaze e boiando em álcool dentro de dois potes de biscoito dos anos 50. Na sala apertada do patologistachefe,

o que resta de Einstein divide uma prateleira com microscópios, relatórios e pilhas de prontuários

médicos. "Muita gente pede para vê-lo ou quer levá-lo para estudos ou exposição, mas eu raramente digo

sim", explicou a VEJA. "Prometi cuidar bem desse cérebro, e agora essa missão de guardião se tornou

parte da minha vida."

Esse senso de missão científica teria agradado a Einstein. Ele foi um teórico apaixonado que no

leito de morte ainda rabiscava equações na tentativa de corrigir o que considerava imperfeições na

mecânica quântica. Mas como reagiria se lhe fosse possível comentar as aventuras pelas quais passou seu

cérebro? Apesar de sua aura de gênio, Einstein foi um homem de simpática simplicidade. Em vez de

pompa, ele preferiu ser cremado na mesma tarde em que morreu, antes que o mundo tivesse tempo de se

mobilizar em sua homenagem.

Para evitar que seu túmulo se tornasse local de macabra veneração, as cinzas foram levadas por

seu filho até o rio mais próximo e espalhadas nas águas. Seu mais recente biógrafo, o americano Walter

Isaacson, conta que uma autópsia de rotina foi realizada pelo patologista-chefe do Hospital de Princeton,

Thomas Harvey, que usou uma serra elétrica para abrir o crânio e retirar o cérebro. Quando costurou o

corpo, o médico decidiu, sem pedir permissão à família do morto, embalsamar o cérebro de Einstein e

guardá-lo. Harvey não pretendia ganhar dinheiro com uma relíquia. De temperamento um tanto sonhador,

acreditava que poderia haver valor científico no estudo da massa encefálica de um gênio reconhecido.

Harvey também se atribuiu a missão de zelar pela preservação do órgão e decidir se podia ou não

examiná-lo. Uma de suas primeiras providências foi fotografá-lo e cortá-lo em 240 pedaços, etiquetando

cada um. Depois, pediu a colegas da Universidade da Pensilvânia que dividissem parte do cérebro em

fatias microscópicas. Ele próprio levou o material, acomodado em dois vidros no banco de trás de seu

carro, até a Pensilvânia. Foram os primeiros 400 quilômetros da longa viagem post-mortem do cérebro.

Por anos, Harvey enviou amostras a diversos pesquisadores, escolhidos segundo seu gosto pessoal.

Existem hoje fragmentos em laboratórios dos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Japão, Alemanha,

Argentina e até mesmo em Calcutá, na Índia. A mais conhecida viagem do cérebro de Einstein foi narrada

por um de seus protagonistas – o jornalista Michael Paterniti, da revista Harper’s – no livro Conduzindo o

Sr. Albert. No fim dos anos 90, Paterniti convenceu Harvey a levar o cérebro, de carro, para a casa de

Evelyn, a neta do cientista que vivia na Califórnia, do outro lado do país. Filha adotiva de Hans Albert,

primogênito de Einstein com sua primeira mulher, Mileva, Evelyn achava que valia a pena investigar os

rumores de que poderia ser, na verdade, filha biológica do vovô Einstein. A versão fazia sentido, uma vez

que ela nasceu num período em que Einstein, viúvo ainda fresco, teve várias namoradas. O plano era

descobrir a verdade analisando o DNA contido no cérebro. Infelizmente para Evelyn e para os

historiadores, o modo como Harvey conservara o material tornou impossível a extração de uma amostra

de DNA. Em 1998, já com 86 anos (ele ainda viveu até 2007), Harvey passou adiante a guarda do cérebro

ao serviço de patologia de Princeton. Foi assim que Einstein foi parar na prateleira abarrotada de Elliot

Krauss.

A inteligência é a mais intrigante entre as capacidades do cérebro humano. A dificuldade é

entender o que, exatamente, é a inteligência. A definição dada a VEJA por Shane Legg, da Unidade de

Cálculo e Neurociência da Faculdade de Londres: "A definição técnica inclui a habilidade de tomar

decisões, o poder de agir de maneira rápida e sensata em diversas circunstâncias, além de considerar que

o indivíduo esteja apto a aprender, a se adaptar rapidamente, que tenha boa memória, capacidade de foco

e pensamento rápido, lógico e soluções criativas para novos problemas". O segundo desafio é onde, entre

os bilhões de neurônios do cérebro, o cientista deve procurar sua origem e mecanismos. Para um olhar

destreinado, o cérebro de Einstein seria uma decepção. Segundo o médico-legista, o órgão pesava 1 230

gramas, menos que a média masculina, que é de 1 400 gramas. O volume também estava 4 centímetros

abaixo da média. Essa atrofia provavelmente era uma decorrência da idade (o cientista morreu com 76

anos), o que é perfeitamente normal.

O número de sinapses e a velocidade de formação de novos neurônios diminuem a partir dos 35

anos. A quantidade de neurônios também se reduz. Um cérebro excepcionalmente bem dotado de

conexões na juventude pode, com o passar do tempo, ficar mais próximo da média. Em 1905, o annus

mirabilis, em que publicou os cinco ensaios que viraram pelo avesso a física moderna, Einstein era um

rapaz boa-pinta de 26 anos. No minuto seguinte à morte, têm início um processo acelerado de

decomposição por ação das bactérias e o desaparecimento de estruturas essenciais ao funcionamento

cerebral. Neurônios, suas sinapses e a glia (o combustível das estruturas neurais) deterioram-se em apenas

dez minutos. As análises post-mortem, já que não podem registrar o cérebro em funcionamento, buscam

informações sobre o formato, a densidade e o tamanho de regiões e do conjunto, assim como sua

composição microscópica. No caso de Einstein, a comparação com outros cérebros ajuda na busca das

diferenças que possam estar ligadas à inteligência. O estudo do material embalsamado constitui um

universo riquíssimo para a ciência.

O que se descobriu de mais relevante sobre o cérebro de Einstein pode ser exemplificado em cinco

grandes pesquisas, realizadas por instituições científicas de primeira linha nos últimos 25 anos. Foram os

autores desses trabalhos que VEJA procurou para preparar esta reportagem. O estudo mais antigo é da

anatomista Marian Diamond, da Universidade da Califórnia em Berkeley, publicado em 1985. Ela

recebeu quatro lâminas microscópicas do lobo parietal dentro de um pote reutilizado de maionese e

contou as células em cada seção. Notou então que a concentração no lobo parietal inferior esquerdo de

células gliais em relação aos neurônios era a maior dos onze cérebros usados como comparação. O lobo

parietal é uma área no topo do crânio, acima da nuca, responsável pela noção de espaço e pelo

pensamento matemático. Uma interpretação possível é que os neurônios de Einstein usavam e

necessitavam de maior energia. Daí se pode inferir sua inteligência superior. Infelizmente, como não

havia nenhum gênio entre os onze outros cérebros, não foi possível estabelecer um padrão.

A pesquisa mais conhecida é a da neurocientista Sandra Witelson, da Universidade McMaster, em

Ontário, em 1999. Comparado com os cérebros de 35 outros homens, o lobo parietal de Einstein era 15%

maior e mais largo exatamente na parte responsável pelo processamento do pensamento matemático e

pela concepção espacial. Além disso, não tinha os sulcos que separam as duas porções dessa região, o

que, em teoria, facilitaria a comunicação entre os neurônios ali situados. O resultado seria uma forma de

pensar mais eficiente e inovadora, na opinião da pesquisadora. "A extrema habilidade do raciocínio visual

e matemático de Einstein pode ser explicada por essa anatomia incomum", disse Witelson a VEJA. Mais

dois estudos percorrem caminhos similares, mas em outras áreas do cérebro. A neurologista Dahlia

Zaidel, da Universidade da Califórnia, observou que os neurônios do lado esquerdo do hipocampo, área

relacionada à memória, eram mais longos que os do lado direito. Isso sugere uma associação mais fácil do

hipocampo com o córtex frontal, o que tornaria Einstein mais capaz de relacionar memórias com

raciocínios. O neurologista Britt Anderson, da Universidade do Alabama, percebeu que o córtex de

Einstein era mais fino e mais denso que o de outros cinco cérebros analisados. A suposição óbvia é a de

que a maior densidade esteja relacionada à genialidade.

A pesquisa mais recente, publicada há apenas seis meses pela antropóloga Dean Falk, da

Universidade Estadual da Flórida, também identificou padrões incomuns de sulcos e fissuras no córtex

cerebral. Sua conclusão é surpreendente. Ela sugere que o cérebro de Einstein não era mais eficiente que

o de qualquer outra pessoa, mas funcionava de modo diferente. Em seus estudos, Falk constatou uma

formação incomum. A fissura lateral do córtex, um sulco que segue o mesmo caminho da haste dos

óculos e é associado à linguagem, normalmente termina com uma pequena curva para cima. O de Einstein

convergia para o sulco pós-central, dividindo o cérebro pela metade. A configuração rara pode ter

causado dificuldades com a linguagem. Essa fraqueza teria sido o incentivo que o levou a desenvolver

com maior força o pensamento tridimensional, crucial para a criação da Teoria da Relatividade.

Certos indícios biográficos contribuem para a teoria de Falk. Einstein só aprendeu a falar aos 3

anos, na escola tirava notas baixas em alemão, seu idioma materno, e custou a aprender uma segunda

língua, o inglês. Ele sempre dizia que "a imaginação é mais importante que o conhecimento" e contava

que suas ideias mais brilhantes apareciam de repente, em forma de cenário. Para demonstrar a relatividade

do tempo, ele se imaginou caindo de um elevador ou disputando uma corrida, na velocidade da luz, com

um raio. Será possível que sua genialidade fosse realmente o resultado de uma formação extravagante no

cérebro? "O grande entrave para as pesquisas que tentam responder a essa questão é que até hoje não foi

descoberta uma relação entre o formato e a composição do cérebro e os dotes intelectuais", disse a VEJA

o neuroanatomista Jackson Bettencourt, da Universidade de São Paulo.

Especialistas acreditam que três fatores estão associados a uma inteligência superior. A primeira é

uma arborização mais volumosa e rica dos dendritos. Esses prolongamentos do neurônio recebem os

sinais elétricos das terminações dos neurônios vizinhos, estabelecendo a comunicação entre eles e

transmitindo informações. Ou seja: quanto mais dendritos, mais fácil e eficiente seria a comunicação

entre os neurônios. O segundo fator é uma maior conectividade entre os neurônios, ou seja, um maior

número de sinapses. O terceiro é uma inter-relação mais eficiente de várias áreas do cérebro para realizar

uma determinada função. É possível que o cérebro de Albert Einstein usasse várias partes do cérebro ao

mesmo tempo para desempenhar uma função ou fizesse mais conexões sinápticas do que o da maioria das

pessoas. O difícil é saber o que teria feito Einstein desenvolver essas habilidades.

"Provavelmente, foi uma conjunção de fatores ambientais e genéticos. Ele tinha o potencial mental

e estava exposto ao melhor ambiente possível para desenvolvê-lo", diz o neurologista Mauro Muszkat, de

São Paulo. As últimas décadas do século XIX foram de grande efervescência intelectual. A velocidade

das descobertas era um incentivo para que um jovem talentoso abraçasse o caminho da ciência. É

impossível não perguntar o que poderíamos ter aprendido se o cérebro de Einstein tivesse sido preservado

com recursos modernos. Os cientistas dispõem hoje de técnicas avançadas para retirar e armazenar

fragmentos cerebrais. O micrótomo, por exemplo, corta tecidos em lâminas de uns poucos milésimos de

milímetro de espessura, que podem ser indefinidamente conservados em plásticos especiais. Por outro

lado, como seria se ele vivesse nos dias de hoje? A resposta não é animadora. As técnicas de ressonância

magnética e tomografia computadorizada, que hoje registram o funcionamento do cérebro, não podem dar

uma resposta satisfatória sobre o mistério da inteligência humana.

"Ainda que se possa traçar uma relação entre determinada função e uma área cerebral, a precisão

dessas técnicas é a mesma de estudar uma célula com uma lupa", diz o neurocientista Ivan Izquierdo.

Nem por isso se deve imaginar que o estudo do cérebro de Einstein esteja encerrado. Sobre isso, a

antropóloga Dean Falk afirma: "À medida que a neurociência avança, o mistério da genialidade de

Einstein se torna mais e mais atraente para quem pesquisa a inteligência".

Fonte: Veja

Data da Reportagem: 19/10/09

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tecnostress entre professores do ensino superior

Segundo pesquisa, realizada em instituições de ensino superior da cidade de Salvador, aponta para resultados alarmantes sobre o nivel de estresse desses profissionais. De a cordo com esta pesquisa, 85% desse profissionais declaram niveis de estresse de moderado a elevadissimo, isso se deve ao fato de muitos docentes se dedicarem a outras atividades, tais como: orientação de trabalho de conclusão de curso (TCC), pesquisas, consultoria e ainda execer outras profissões que não a de professor.

Windows 7 não é tão verde assim - INFO Online - (22/10/2009)

SÃO PAULO – A necessidade de combinar o Windows 7 com equipamentos mais modernos pode acabar com o benefício ambiental anunciado pela Microsoft.

Segundo a empresa, o sistema de gerenciamento fornece uma plataforma que reduz o consumo e ajuda a diminuir gastos de energia.
Leia também:

A Microsoft não divulgou números específicos de quanto seria essa economia, mas afirma que o software oferece mais opções aos consumidores conscientes. Por exemplo, seria mais fácil ajustar o brilho da tela. Os profissionais de TI também conseguiriam gerar relatórios para gerenciar melhor os gastos.

A ausência de números reais de economia é justa, afinal, os gastos dependem muito da interação entre o hardware e o software. Segundo divulgado pela própria empresa, “a maior eficiência de energia requer investimentos em plataformas inteiras, e não apenas no hardware ou sistema operacional. O Windows 7 pode ter um impacto na eficiência de energia da plataforma, mas dispositivos anexos, aplicativos e outras extensões da plataforma geralmente tem um impacto geral maior”

O sistema aproveitaria melhor os recursos de novos processadores, que economizam mais energia para executar algumas tarefas. A troca do hardware em empresas, mesmo que na substituição por sistemas mais “ecológicos” e que reduzam as emissões de carbono, são os principais responsáveis pela emissão de carbono. Estudos mostram que mais de 80% das emissões são resultados da fabricação em si, e não do uso.

Se o benefício ambiental do Windows 7 envolve a compra de novos equipamentos, a troca de software, pelo menos para o meio ambiente, pode não ser tão positiva assim.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Falando bem em público

Atendendo a  vários pedidos, indico o site do Reinaldo Polito, que tem muitas dicas sobre a arte da expressão verbal.
O site é http://www.reinaldopolito.com.br/portugues/default.php

Ele é autor daquele livrinho de bolso Super dicas para falar bem.


Coloquei abaixo uma das dicas do site.

Como apresentar um projeto

1) Se você fala rápido demais, repita as mensagens mais importantes usando outras palavras. Quem não entendeu da primeira vez entenderá da segunda. Se fala devagar, não desvie o olhar da platéia nos instantes de pausas mais prolongadas. Após o intervalo, volte a falar com mais ênfase.
2) Cuidado com os grunhidos 'né', e 'tá'. Além de horríveis, demonstram insegurança.
3) Conheça o interlocutor. Se o grupo estiver familiarizado com o tema, não simplifique as informações.
4) Nunca, jamais, em hipótese alguma decore a palestra. Faça um roteiro: conte o problema, apresente a solução e, por fim, demonstre sua esperança no apoio dos diretores ao projeto.
5) Nada de tecnofobia. Mostre quanto você está antenado com as tecnologias e vá direto ao computador. Com o sistema datashow, você dá um clique cada vez que quer mudar a página. E se o computador pifar? Leve umas cartolinas com as principais informações da palestra. 'Você vai mostrar que está sempre pronto para enfrentar o pior', diz Polito.
6) Cuidado com a postura. Não fale com as mãos nas costas, mantenha o paletó abotoado e olhe para todas as pessoas da platéia alternadamente. Há dois erros que as pessoas costumam cometer numa apresentação: falta de gestos ou excesso de gestos. Use-os, mas com moderação.
7) Evite as piadas. O risco de ninguém achar graça é grande e aí, meu chapa, vai ser difícil segurar a apresentação numa boa. Deixe a piada para o final, se for o caso.
8) Corrija problemas de dicção com dois exercícios bem simples. Morda o dedo indicador e leia em voz alta o mais claro possível. Dois minutos por dia bastam. Outro: leia poesias em voz alta. Esse é o mais eficiente dos dois, segundo Polito. Além de melhorar a dicção, pode ser muito romântico.
Dicas de Reinaldo Polito concedidas à Revista Você S.A., em abril de 1998, para Maria Tereza Gomes

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

RIC, a nova identidade do brasileiro, terá dois chips











 


:: Luís Osvaldo Grossmann
:: Convergência Digital :: 01/10/2009 O grupo que trabalha nas especificações técnicas do Registro de Identidade Civil (RIC) prevê que o cartão de policarbono que vai substituir as carteiras de identidade terá, ao menos no início, dois chips - um para operações que não exijam contato, como passar por uma catraca ao entrar em um estádio de futebol, e outro para interfaces relacionadas a identificações mais seguras, em trocas de informações com a Receita Federal, por exemplo.
Há principalmente dois motivos para essa opção, segundo o diretor de infraestrutura de chaves públicas do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Maurício Coelho: o legado de leitoras instaladas e em operação, que não pode ser desprezado - uma vez que a troca de todos os equipamentos teria impacto sobre o custo global do projeto; e a percepção de que as tecnologias sem contato ainda não estão suficiente maduras na questão de segurança.
"Já um chip único com dupla interface é viável tecnicamente, mas não em custos e logística, porque as empresas instaladas no país ainda não têm condições de fazê-lo e teriam que importar", acredita Coelho. A expectativa, assim, é que o custo da opção por dois chips seja diluído pela escala, uma vez que se projeto a confecção de 150 milhões de RICs. "Num segundo momento, podemos evoluir para o chip único", completa.



Ao falar sobre o RIC no Congresso de Cidadania Digital, que começou nesta quinta-feira, 01/10, em Brasília, o diretor de infraestrutura de chaves públicas do ITI adiantou que as especificações técnicas prevêem, ainda, que o novo documento seguirá a padronização da ICAL, a Organização de Aviação Civil dos Estados Unidos.


A entidade sugere o padrão para passaportes, além da tecnologia OCR (reconhecimento óptico de caracteres, na sigla em inglês),tendo em vista a possibilidade de equipamentos em outros países serem capazes de ler as informações dos chips brasileiros. Até porque, entre os países do Mercosul a carteira de identidade já dispensa passaporte.
O RIC parece, depois de 14 anos de trabalho, prestes a se tornar realidade. O arcabouço legal já existe, restando nessa questão apenas o decreto presidencial com a regulamentação do novo registro.
Nele será definido um comitê gestor do RIC, que além de ser o responsável por aprovar as especificações técnicas como as mencionadas, vai atuar como coordenador da base de dados nacional, formada com a interligação dos registros dos 27 institutos de identificação do país.
Os estados é que vão alimentar esse banco de dados, a partir do recadastramento dos cidadãos. Mas embora alguns já estejam operando projetos-piloto a partir da captura das informações de forma digital, nem todos os sistemas estão prontos para conversar entre si. Além disso, na própria captura das impressões digitais há diferenças.
Enquanto o que se discute nas especificações técnicas é recolher digitais amplas dos 10 dedos (aquela em que é preciso rolar o dedo para a leitura de toda a superfície), alguns estados estão colhendo de forma plana, que pega somente o centro da digital. Nesse caso, ou os estados terão que refazer a coleta, ou utilizar a base que começa a ser construída pelo Tribunal Superior Eleitoral, que já incorporou a biometria na confecção dos títulos de eleitor nos moldes do projeto RIC.
A minuta do decreto que vai regulamentar o RIC já existe e está na Casa Civil da Presidência da República. A expectativa ventilada no Congresso de Cidadania Digital é de que seja editado ainda em outubro. A partir de então deve ser estruturado o comitê gestor do RIC para, em seguida, serem aprovadas as especificações técnicas a serem seguidas pelos institutos de identificação dos estados.

Rio 2016: o posicionamento digital




Além das diversas manifestações pró Rio 2016, brasileiros criam números gigantescos no mundo virtual.
A cidade do Rio de Janeiro foi eleita, no último dia 2 de outubro, a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 pelo Comitê Olímpico Internacional. E os brasileiros fizeram bonito na torcida, as maiores redes sociais do mundo apresentaram diversas manifestações que legitimam o brasileiro como um dos usuários mais ativos do mundo.
Na data da escolha da sede para as olimpíadas 2016, a agência Mentes Digitais fez um levantamento dos dados mais significativos relacionadas à escolha do Rio de Janeiro como cidade sede das olimpíadas.
No Facebook foram criados 16 grupos ligados às Olimpíadas 2016 no Rio. No Orkut, a maior comunidade ligada ao tema tem mais de 57 mil participantes, no Flickr são mais de 380 fotos ligadas às olimpíadas no Rio. No Twitter a frase Congratulatios Rio entrou no Trending Topics, ou seja, as palavras mais comentadas em todo o Microblogging.
“A torcida se estende do mundo físico ao mundo real, hoje, quase seis anos antes de acontecer o inicio dos jogos já vemos o movimento virtual pró Olimpíadas. Daqui seis anos viveremos um momento novo no mundo digital, teremos números ainda maiores”, explica o especialista em marketing digital, André Telles. 
Marketing – Além disso, os Jogos Olímpicos de 2008 mostram outros pontos de interação entre torcida e mundo Digital. Em Pequim 2008 algumas marcas aproveitaram para estender seus patrocínios com programas voltados para redes sociais.
Segundo Telles, a Lenovo criou 100 blogs de atletas, para se alinhar também com esportes menos conhecidos, como hóquei na grama e pentatlon moderno.
“A marca deu a eles laptops e câmeras, para que registrassem sua participação no evento. O projeto contou com parceria com o Google, que forneceu a tecnologia de blogs do Blogger e hospedagem de vídeos no YouTube. A ação foi complementada por um esforço com o Facebook, que permitiu aos usuários identificar seus perfis com os times olímpicos de seus países”, explica.
Outro iniciativa foi do McDonald"s que centra sua estratégia em torno de seu jogo de realidade alternativa "The Lost Ring", no qual os jogadores precisam resolver mistérios relativos aos Jogos. A atração já atraiu 2 milhões de visitantes de 100 países.

Por André Telles (Especialista em Marketing Digital, André Telles é publicitário formado pela PUC-PR em 1995, com especialização em Marketing pela FAE Business School, sócio da agência digital Mentes Digitais. Telles escreveu em 2005 o livro Orkut.com (primeiro livro no Brasil a tratar das Redes Sociais sob a ótica do marketing) e lançou este ano pela Editora Landscape o livro Geração Digital)
HSM Online
16/10/2009