Medicamentos vendidos no Brasil vão ganhar um sistema de segurança contra falsificações.
A tecnologia já é usada em outros produtos vai permitir rastrear por onde os remédios passaram até
chegar ao consumidor.
Só a aparência não basta. Antes de comprar repolho, banana, pimentão, agora, o povo da
cidade quer saber mais da roça.
Num supermercado de São Paulo, frutas e verduras têm um número. Com essa espécie de
RG, o consumidor pode checar na internet onde eles foram produzidos.
“A gente tem condições de entender em que ponto da cadeia pode ter havido determinada
ocorrência e atuar sobre esse ponto fazendo com que o consumidor possa consumir um produto sem
dano à sua saúde” diz a diretora de alimentos Mariângela Ribeiro.
Numa indústria química, a preocupação é evitar falsificações e contrabando. Um lacre é a
aposta para reverter perdas de 20 milhões de dólares por ano. A nova etiqueta antifraude tem selo
holográfico e código de barras bidimensional. Com um leitor ótico, é possível saber quando e onde
foi fabricado.
“Esse cliente teria então a segurança de saber que aquele produto foi produzido pelo
fabricante original, para que ele não seja alvo de comprar um produto falsificado, um produto
roubado,” afirma o diretor de industria química, Eduardo Leduc.
A indústria farmacêutica também confia nesse sistema para acabar com o comércio ilegal.
No primeiro semestre deste ano, foram apreendidas 316 toneladas de medicamentos falsos, sete
vezes o que se recolheu no mesmo período de 2008.
Várias tentativas de combater o comércio ilegal de remédios fracassaram. Entre elas, a
"raspadinha". Desde 1998, todo medicamento tem uma área que, raspada, revela a marca do
fabricante. E até isso foi copiado pelos falsificadores. Agora, uma lei determina que a partir de
janeiro de 2010, todas as embalagens saiam da fábrica com um código único. Ele vai revelar a
localização do remédio e o caminho percorrido por ele.
Na primeira fase, fábricas, distribuidores e farmácias terão de instalar o sistema de
rastreamento. Cada vez que o remédio trocar de mãos, a mudança fica registrada num banco de
dados administrado pelo governo. Se o consumidor desconfiar que comprou um remédio
falsificado, poderá tirar a dúvida rapidamente.
A mudança vai exigir investimento das empresas. E o governo já avisou que não vai permitir
repasses ao consumidor.
Em 2012, o sistema de rastreamento vai identificar também o médico que receitou e o
paciente que comprou o remédio.
“É uma informação muito valiosa que precisa ser respeitado o sigilo e a privacidade do
comprador de medicamentos, do paciente e do médico,” afirma André Montoro Filho, do Instituto
Brasileiro de Ética Concorrencial.
Assista à reportagem completa do Jornal Nacional:
http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1364001-10406,00-
REMEDIOS+GANHAM+SISTEMA+CONTRA+FALSIFICACAO.html
Fonte: Jornal Nacional – TV Globo
Data da Reportagem: 02/11/09
Perdigão - Estudante MBA - Gestão Pessoas - Faculdade 2 Julho
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
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